Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2025

Parrillita Carnes y Algo Más — um pedacinho da Argentina no Cambuci

Imagem
Como é bom conhecer pessoas de diversas nacionalidades! Foi a Silvia, argentina, quem escolheu o Parrillita para homenagear seu país — e acertou em cheio. O restaurante é descrito pela Veja SP    como "um bar de alma argentina", um desses lugares informais dedicados ao churrasco que vêm conquistando São Paulo. Misto de boteco e parrilla, tem clima descontraído, cheirinho de brasa e conversas animadas. Fomos lá para um almoço delicioso , com três tipos de carne: costela (cortada de um jeito diferente do que estamos acostumados no Brasil), fraldinha e bife ancho  — todos no ponto certo. Antes, abrimos o apetite com as saltenhas, empanadas argentinas que ganham um espaço especial no forno para ficarem curadas e levemente queimadas — esse "aspecto de queimadinho" é justamente o que lhes dá sabor e charme. De sobremesa, as irresistíveis panquecas de doce de leite com açúcar maçaricado , um clássico argentino que dispensa apresentações. O ambiente é charmoso e aleg...

Tarsila, Anita e Frida: Mulheres que Mudaram a Arte

Imagem
Que pena... ainda dá tempo! Passou o capítulo da arte brasileira e mexicana, e eu não compartilhei com vocês. Que delícia ver nomes tão próximos da gente: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Frida Kahlo! Anita e Tarsila tiveram um papel central no modernismo brasileiro  e integraram o famoso Grupo dos Cinco , ao lado de Mário e Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia. Foi entre 1917 e 1922, período em que o modernismo realmente ganhou força no Brasil, que elas ajudaram a construir uma arte com identidade própria.   Jovens, ousadas e curiosas, estudaram fora do Brasil e voltaram cheias de ideias. Misturaram influências estrangeiras com o nosso jeito de ser e ajudaram a criar uma arte que é, de fato, brasileira. Tarsila , que dizia querer "ser a pintora da sua terra", cumpriu o que prometeu. R etratou paisagens tropicais, personagens populares e cenas urbanas e rurais com cores vivas, formas distorcidas e um toque de humor. Sua fase  Pau-Brasil,  e depois a fase...

Explorando o Complexo Cidade Matarazzo

Imagem
Eu e a Flávia fomos à Casa Bradesco da Criatividade , no Complexo Cidade Matarazzo , para visitar a exposição — e aproveitamos a tarde para conhecer também um pouco mais do complexo e seus arredores. Logo na chegada, o ambiente já chama atenção. Mesmo com algumas áreas ainda em obras, os caminhos são agradáveis e bem cuidados, com muito verde, canteiros floridos e pequenos detalhes que tornam o passeio gostoso.  O contraste entre os prédios antigos e as novas construções cria um cenário bonito e diferente — um convite a caminhar e apreciar. A Igrejinha de Santa Luzia, de 1922, é pequena e simples. Fazia parte do antigo Hospital Humberto I, mais conhecido como Hospital Matarazzo , construído pela comunidade italiana. O restauro manteve sua simplicidade original, e ela se encaixa com naturalidade no conjunto renovado do complexo.  Mais adiante, passamos pelo corredor das oliveiras centenárias, um caminho arborizado e tranquilo que leva até o restaurante Taraz, do chefe Felipe...

Com a Autora do Prêmio Jabuti: Micheliny Verunschk no Paineiras

Imagem
Um romance baseado em fatos reais deu  à escritora pernambucana Micheliny Verunschk o Prêmio Jabuti na categoria Romance Literário. A obra conta a trajetória de duas crianças indígenas levadas da Amazônia para a Europa, no início do século XIX,  pelos naturalistas Spix e Martius. Depois de uma longa viagem, que passou por Lisboa e terminou em Munique , na Alemanha, o menino sobreviveu cerca de seis meses e a menina viveu aproximadamente um ano.  Essas crianças receberam os nomes de Iñe-e e Juri , dados pelos próprios exploradores. No livro, Micheliny refaz essa história com sensibilidade, dando vida a algo que o tempo quase apagou. Tive a alegria de participar, pelo terceiro ano seguido , do encontro de fim de ano do Clube de Leitura do Paineiras . O grupo tem quatro mediadoras queridas, e fui convidada pela Zelita , que sempre conduz tudo com entusiasmo e carinho. É um evento que amo, porque sempre traz boas conversas e novas oportunidades. Durante o encont...

As Mulheres da Brewster Place

Imagem
Comecei a ler  As Mulheres de Brewster Place  com grande expectativa. À medida que a leitura se aprofundava, passando pelas histórias de cada mulher, encontrei muito mais do que esperava.  O romance reúne as trajetórias de mulheres negras que vivem em um conjunto habitacional marcado pela pobreza, pela solidão e pelo preconceito, mas também pela amizade, pelo humor e pela força. A primeira mulher, Mattie Michael , sofre com o abandono do filho e, a partir de sua dor, se torna o elo que fortalece as demais.  Ao se doar, descobre que é possível ajudar sem se perder — que cuidar do outro é essencial, é primordial, é cuidar de si. A escritora Gloria Naylor, nascida em Nova Iorque em 1950, filha de pais migrantes do sul dos Estados Unidos, retratou com sensibilidade e realismo as dores e resistências da vida negra americana, especialmente das mulheres. As Mulheres de Brewster Place, seu primeiro romance, publicado em 1982, recebeu o National Book Award e consagrou-a com...

Halloween no Maison Classic

Imagem
O Halloween — ou Dia das Bruxas— chegou mais uma vez ao meu prédio. No Maison Classic, essa já é uma tradição de muitos anos. Todo 31 de outubro, o clima muda um pouco: o hall principal parece mais festivo, os elevadores exibem convites coloridos anunciando a festa, e o rosto da criançada ganha um ar de expectativa. A síndica, sempre animada, escolhe quem vai organizar o evento do ano. E, aos poucos, cada andar entra no clima. Portas decoradas, potes de doces à espera e crianças contando os dias. Meus netinhos começam a perguntar com semanas de antecedência se vai ter festa de Halloween. A criançada já se agita, enquanto os adultos — fingindo coragem — confessam um medinho das pequenas travessuras que rondam pelos andares. No grande dia, as crianças circulam de andar em andar, batendo às portas e pedindo docinhos. Entre doces e travessuras, tudo vira alegria — uma brincadeira que aproxima os  vizinhos e transforma o cotidiano em convivência. O encanto vence o medo, e cada sorriso v...