Com a Autora do Prêmio Jabuti: Micheliny Verunschk no Paineiras
Um romance baseado em fatos reais deu à escritora pernambucana Micheliny Verunschk o Prêmio Jabuti na categoria Romance Literário. A obra conta a trajetória de duas crianças indígenas levadas da Amazônia para a Europa, no início do século XIX, pelos naturalistas Spix e Martius.
Depois de uma longa viagem, que passou por Lisboa e terminou em Munique, na Alemanha, o menino sobreviveu cerca de seis meses e a menina viveu aproximadamente um ano. Essas crianças receberam os nomes de Iñe-e e Juri, dados pelos próprios exploradores. No livro, Micheliny refaz essa história com sensibilidade, dando vida a algo que o tempo quase apagou.
Tive a alegria de participar, pelo terceiro ano seguido, do encontro de fim de ano do Clube de Leitura do Paineiras. O grupo tem quatro mediadoras queridas, e fui convidada pela Zelita, que sempre conduz tudo com entusiasmo e carinho. É um evento que amo, porque sempre traz boas conversas e novas oportunidades.
Durante o encontro, Micheliny mostrou profundo conhecimento sobre os povos indígenas. Contou que pesquisou muito para escrever o romance e que essa ligação vem também da infância, já que nasceu no interior de Pernambuco e teve contato com comunidades tradicionais. A conversa foi rica, espontânea e emocionante.
Saí do encontro inspirada e admirando ainda mais essa autora que transforma fatos dolorosos em arte e nos faz pensar sobre o valor da memória, da cultura e da vida.
Desde 2022, celebramos o Dia dos Povos Indígenas, um nome que traz mais respeito e reconhecimento à diversidade e à força dos povos originários do Brasil. Até então, a data era chamada de Dia do Índio.
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