Tarsila, Anita e Frida: Mulheres que Mudaram a Arte
Que pena... ainda dá tempo! Passou o capítulo da arte brasileira e mexicana, e eu não compartilhei com vocês. Que delícia ver nomes tão próximos da gente: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Frida Kahlo!
Anita e Tarsila tiveram um papel central no modernismo brasileiro e integraram o famoso Grupo dos Cinco, ao lado de Mário e Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia. Foi entre 1917 e 1922, período em que o modernismo realmente ganhou força no Brasil, que elas ajudaram a construir uma arte com identidade própria. Jovens, ousadas e curiosas, estudaram fora do Brasil e voltaram cheias de ideias. Misturaram influências estrangeiras com o nosso jeito de ser e ajudaram a criar uma arte que é, de fato, brasileira.
Tarsila, que dizia querer "ser a pintora da sua terra", cumpriu o que prometeu. Retratou paisagens tropicais, personagens populares e cenas urbanas e rurais com cores vivas, formas distorcidas e um toque de humor. Sua fase Pau-Brasil, e depois a fase Antropofágica, aproximaram o moderno do popular, o urbano do rural, o brasileiro do estrangeiro. O melhor exemplo é o quadro "Abaporu", cujo nome em tupi-guarani significa "homem que come gente" — um quadro que abriu novos caminhos para a arte brasileira.
Anita Malfatti, que Katy Hessel apresenta como a verdadeira precursora do modernismo brasileiro, chegou um pouco antes. Sua ousadia já se anunciava na famosa Exposição de 1917, realizada em um salão na Rua Líbero Badaró, no centro de São Paulo — um dos primeiros grandes marcos da arte moderna no país. Suas cores fortes e seu olhar inquieto abriram o caminho que a geração de 1922 ampliaria.
Enquanto isso, no México, Frida Kahlo começava sua trajetória também nos anos 1920, transformando dor, identidade, raízes e força interior em uma pintura profundamente íntima e latino-americana.
Juntas, essas mulheres abriram caminhos e mostraram que a arte feminina pode — e deve — ter nosso rosto, nossa força e a nossa voz.
"Eu invento tudo na minha pintura. E o que eu vi ou senti, eu estilizo" — Tarsila do Amaral.
"Procurei todas as técnicas, mas voltei a simplicidade diretamente...escrevo e pinto o que me encanta". — Anita Malfatti.
"Pés, para que eu quero, se tenho asas para voar" — Frida Kahlo.
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- Livro: A História da Arte Sem os Homens
- Escrito por: Katy Hessel
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