Uma Tarde na Bienal Com Meus Netos
Ontem fui com meus netos à Bienal de 2025, que está acontecendo no Parque do Ibirapuera, e tivemos uma tarde deliciosa, cheia de cultura, diversão e recordações. Enquanto caminhávamos pelos três andares do pavilhão, lembrei da Bienal de 2023, quando fui com um dos meus netos, e da alegria de ter, mais uma vez, a mesma mediadora, a Yurungai — uma pessoa encantadora, com um jeito especial de falar com as crianças, tornando tudo leve e divertido.
Com os pequenos, a visita foi na medida certa: cerca de uma hora, uma hora e quinze no máximo. Criança se encanta, mas também se cansa rápido...ou talvez nós, os adultos, é que cansamos primeiro! Depois da mediação, ainda demos uma volta em um veículo elétrico de passeio, guiado, que circula pelo parque. Foi uma festa: eles correram atrás do carrinho, riram muito e gastaram bastante energia.
Quando chegamos em casa, cada um escolheu sua obra favorita e demos nomes a elas. Assim, ficaram definidas as três que mais marcaram nossa visita.
A primeira foi A Floresta, criada especialmente para essa bienal por uma artista com raízes nos Estados Unidos e na Nigéria. Ela veio ao Brasil pesquisar o Cerrado, conhecendo sua diversidade e fragilidade. O resultado foi uma instalação que traz para dentro do pavilhão a força e a beleza desse bioma, despertando os sentidos e a reflexão sobre a importância da preservação.
A segunda, A Árvore Laranja, chamou a atenção pela cor vibrante e pela forma imponente, toda feita de pequenas miçangas. Essa árvore ancestral está ligada às tradições de povos da costa ocidental da África e simboliza o tempo e o começo de todas as coisas.
A terceira, Tampinhas e Escovas, fala sobre consumo e desperdício. A artista imagina um mundo pós-apocalíptico, onde só restam os materiais que hoje consideramos lixo, agora transformados em recursos preciosos. É uma obra que nos faz repensar a relação com o consumo e o desperdício.
Tenho certeza de que essas são lembranças que ficarão guardadas para sempre. Quando eles crescerem, vão lembrar desses momentos com muito carinho — e da vovó Neide, que os levava à Bienal e a tantos outros museus.
36ª Bienal de São Paulo - Pavilhão Ciccillo Matarazzo
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