Aos 73, sigo me reinventando
Completei 73. Que caminhada, né?
Aos 25, me casei cheia de planos. Aos 32 e 35 vieram minhas filhas, junto com a alegria e o caos bom da maternidade.
Aos 43, me aposentei do Banespa. No mesmo ano, já estava me reinventando: virei sócia de um restaurante.
Aos 70, fechei esse ciclo e comecei outro, do meu jeito — com mais calma, vontade, disposição e receio de experimentar novamente. Comecei um blog. Curioso pensar que comecei a trabalhar com meu pai aos 15.
Esse tal blog, com tantas atividades diferentes e dinâmicas, tem me feito um bem danado.
Escrevo, aprendo, compartilho. Instagram, Facebook, YouTube...ainda estou descobrindo como funciona tudo isso, mas vou tentando.
Ultimamente, fiz algumas coisinhas novas. Conhecido gente bem bacana, que me ensina e me inspira.
Também tenho tido mais tempo com minhas amigas. Mantenho amizades do curso técnico de contabilidade no Mackenzie, na época dos meus 15 anos, das muitas agências do Banespa e do restaurante Intervalo, onde trabalhei por 30 anos. Até hoje tenho grupos, encontros, conversas que atravessam o tempo comigo.
O corpo mudou, claro. Menos músculos, muito menos colágeno. Não tenho o mesmo fôlego de antes, e já deixei de lado as trilhas difíceis que já enfrentei com gosto. Mas sigo caminhando ativa, do meu jeito. Tenho certeza que vou continuar encontrando alegria nos meus 73 aninhos.
Ainda cometo muitas trapalhadas, falo demais às vezes, não me arrependo, mas volto atrás. Hoje entendo que é no ir e vir que a batucada ganha ritmo. E eu continuo pegando o jeito, um pouco mais a cada dia.
Passei esse aniversário prolongado recebendo tanto carinho, tantas mensagens boas. Me fez muito bem.
Só espero que os próximos capítulos venham com histórias boas, um pouco de colágeno e muito riso.
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