A FORÇA DA ARTE TÉXTIL

Esse capítulo do livro História da Arte sem os Homens me fascinou. Enquanto lia, lembrei de minha mãe e de minha avó, que passavam horas fazendo crochê, tricotando e bordando nossos vestidinhos para batizado, primeira comunhão e festinhas. Peças lindas para o enxoval da casa e para as ocasiões especiais de filhas e netas.

Judith Scott — Inclusão na Arte

Viveu grande parte da vida isolada, com síndrome de Down e surdez. Após mais de 30 anos em instituições, sua irmã gêmea conseguiu a tutela e a levou para a Califórnia, matriculando-a numa escola de arte para pessoas com deficiência intelectual. Dois anos depois, fez dos fios seu meio de expressão, criando esculturas únicas por 17 anos, até sua morte aos 61 anos. Poucas, mas significativas, suas obras já eram reconhecidas em vida e hoje são essenciais na arte contemporânea.

Outras Obras e Cores na Arte Têxtil  

Entre as que não trabalham com quilts: Sheila Hicks, com cascatas de cores que ocupam salas inteiras; Cecilia Vicuña, que une fios a tradições indígenas; e Mrinalini Mukherjee, com figuras monumentais com corda; e Magdalena Abakanowisz, com esculturas e instalações de grande impacto.  

Na arte do quilting: Faith Ringgold, com colchas narrativas; Rosie Lee Tompkins, com composições improváveis; e as Gee's Bend Quiltmakers, comunidade feminina afro-americana no Alabama, hoje ocupam museus renomados. Uma delas, Loretta Pettway Bennett, fez uma colcha com jeans usados pelo marido e do filho, resumindo a filosofia do grupo: "fazer algo esplêndido a partir de algo que foi jogado fora."

Do Lar aos Museus

Essas mulheres tiraram o têxtil do espaço doméstico e o levaram para os museus, provando que fios e agulhas também podem ocupar, transformar e emocionar na arte.

"Quem é diferente de mim não me empobrece, enrique-me." Antoine de Saint-Exupéry

• Clube de Leitura História da Arte
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• Livro: A História da Arte sem os Homens
• Escrito por: Katy Hessel