AGUA FRESCA PARA AS FLORES
No último domingo, fui ao teatro assistir ao monólogo Água Fresca para as Flores, baseado no romance de Valérie Perrin. A peça foi interpretada com delicadeza por Marcella Muniz e dirigida por Bruno Costa, numa montagem simples, sensível e feita com muito esforço — e sem patrocínios apenas com dedicação. Tanto que, ao final, foi o próprio diretor quem desmontou o cenário.
Três grupos de leitura da Página Duppla se reuniram para esse encontro, já que o livro havia sido lido por todos. Eu, por acaso, não participei da leitura — fui apenas com a sinopse em mente — e logo percebi que era muito pouco. A peça reúne muitos assuntos importantes do livro e, sem ter lido, senti falta de perceber algumas relações. Curiosamente, mesmo quem tinha lido também sentiu dificuldade de captar tudo. A montagem é bonita, mas o conteúdo é denso, cheio de momentos de diferentes fases da vida, num vai e vem de tempos da personagem Violette, zeladora de um cemitério numa vila da Borgonha.
Depois do teatro, fomos à Pizzaria Camelo para conversar. Falamos da peça, do livro, do dia a dia, dos próximos encontros... O que ficou claro é que a leitura faz diferença. A peça emociona, mas ler o livro antes torna a experiência mais completa. Livro e teatro juntos formam uma oportunidade rara e intensa. Como disse a Carol, nossa coordenadora de leitura: "Quando a gente lê e depois assiste, emociona muito mais."
Um dos trechos do livro que encontrei depois — e com o qual mais me identifiquei — foi este, escrito por Valérie Perrin em Água Fresca Para as Flores:
"Eu falo sozinha. Falo com os mortos, os gatos, os lagartos, as flores... Falo comigo mesmo. Me faço perguntas. Me indago. Me incentivo."
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- Em cartaz até 29 de junho
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