Basta Uma Volta Sem Pressa

Cenas de futevôlei e criatividade nas areias de Santos

Caminhando pela praia, topei com uma cena que me fez parar e observar. Um grupo de homens se preparava para o futevôlei. Sempre tem um que cava o buraco das hastes laterais da rede (não sei o nome certo), enquanto os outros assistem — cada um com sua função, claro. 

O que impressiona é a disposição e a alegria. Logo cedo, já está todo mundo a postos. 

O futevôlei mistura futebol com vôlei, mas sem usar as mãos. Vale pé, cabeça, tronco e perna. É jogado em dupla ou quarteto, com times masculinos, femininos ou mistos. 

E foi naquela cena de fim de semana que me veio a pergunta: de onde surgiu esse jogo?

Nasceu lá na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, nos anos 60. Um grupo de amigos, inconformado com a proibição de jogar futebol na beira-mar pela polícia, resolveu improvisar. Migraram para a areia seca, esticaram uma rede de vôlei e continuaram com os toques — sem as mãos. Simples e genial.

A ideia pegou. Cresceu. Ganhou as praias do Brasil e do mundo. Hoje, o futevôlei tem até competições profissionais. Mas a alma continua a mesma: um esporte democrático, divertido e de muita improvisação.

Em Santos, virou paisagem da maior orla de jardim do planeta.

E o mais bacana é o espírito coletivo. Sempre tem o que carrega a bola, o que monta a rede, o que marca os limites da quadra com rastelo. Parece tudo muito informal, mas há uma ordem de tarefas quase profissional. Uma espécie de coreografia espontânea que só a praia ensina.

E eu gosto dessa diversidade. Basta uma volta sem pressa pra encontrar algo criativo.

"Motivação, parceria e trabalho em equipe". — Bernardinho, ex-técnico da seleção brasileira de vôlei.



@cidade.santos

@futevolei.oficial



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