Mulheres na Arte
Que loucura a minha!
Participar de um clube de leitura sobre A História da Arte sem os Homens. A culpa? Do meu médico, que vive dizendo que é preciso fazer coisas diferentes, sair da zona de conforto. E claro, o medo do Alzheimer também dá seus empurrões...
Ufa, ufa, como está difícil ler esse livro! A leitura exige atenção. Os encontros são duas horas de bate-papo com um mediador pós-graduado em história da arte — e o que me sobra é ficar de boca fechada. De boca fechada mesmo, só escutando e tentando absorver.
Mas vou compartilhar o que mais me tocou: como era difícil ser artista mulher. Durante décadas, elas foram barradas das academias. Quando conseguiam, era em escolas privadas e caríssimas, sem direito a praticar com modelos vivos. Duas mulheres conseguiram estudar numa academia, mas causaram tanto incômodo que, quando saíram, as vagas voltaram a ser só para homens. E tudo recomeçava do zero.
O livro mostra como, entre guerras e repressões, muitas mulheres ousaram criar. Mesmo com o desprezo da crítica, da família e da sociedade. Michelangelo, por exemplo, apanhava do pai e dos irmãos por ser artista — numa família aristocrata, não era bem visto. Se isso chocava, imagine o que acontecia com as mulheres!
Katy Hessel nos conduz por movimentos como o impressionismo, expressionismo, surrealismo... e lembra que, sim, as mulheres estavam lá — mas foram ignoradas.
Aqui vai um resumo para nos situarmos (o "s" indica "décadas de") — por exemplo, 1870s = década de 1870):
- Impressionismo — 1870s-1880s
- Pós-impressionismo — 1880s-1900s
- Expressionismo — 1900-1930s
- Cubismo — 1907-1920s
- Futurismo — 1909-1930s
- Dadaísmo — 1916-1920s
- Surrealismo — 1920-1950s
Comentários
Postar um comentário