Nesta terceira participação, discutimos o livro "Querida Konbini", best-seller de Sayaka Murata, escritora japonesa, que acompanha os dilemas de uma funcionária de uma loja de conveniência (Konbini- lojas abertas durante 24h, no Japão), sem ambição e sem interesse em sexo.
O livro não está disponível para leitura online em português.
Não me pareceu fascinante e levei vinte dias para ler.
"Irasshaimasê!" é a expressão cordial de boas-vindas, aprendida no curso de treinamento ministrado aos funcionários novatos da "konbini". A saudação fez com que me lembrasse da maneira entusiasmada com que muitos restaurantes japoneses nos recebem e que agradam tanto.
Além desse tradicional cumprimento, fui descobrindo uma série de tradições, costumes e curiosidades japonesas trazidas por outros participantes, estudiosos da cultura e que tinham viajado para o Japão.
Acabei me envolvendo na história do livro e hoje, indico a leitura.
Keiko, a protagonista do livro, não se encaixa nos parâmetros da "normalidade" cobrados pela sociedade; ela tem seu próprio jeito pragmático e foca na solução mais fácil para alcançar seu propósito de vida. Esse amaranhado de situações conflitantes da personagem, visto e criticado pelas pessoas de sua convivência, faz do livro um instrumento rico para se pensar e analisar.
O menu degustativo foi uma incrível ferramenta para conquistar e impressionar a turminha dos 20 leitores que contavam com presenças masculinas.
Comparado a um "desfile de moda", iniciou-se com um brinde de saquê, bebida alcoólica fermentada, tradicional do Japão, produzida a partir de 3 ingredientes principais: arroz fermentado no processo, água e Koji (um antigo fungo originário da China- um condimento natural).
Sinceramente, eu esperava continuar a noite com um vinho japonês, teria sido perfeito. Talvez até um espumante dessa nacionalidade, para eu explorar a qualidade e conhecer uma bebida jamais provada. Acho que seria uma grata surpresa para todos. Li que o Japão possui várias vinícolas que produzem vinhos tintos, brancos e espumantes.
Entretanto, foi servido o Espumante Branco Brut "Castelfino", produzido na Espanha, uma cava tão gostosa que me fez esquecer da bebida japonesa.
Por fim, teve sobremesa, para fechar com chave de ouro. Foram servidos diversos doces típicos e artesanais, diferentes e surpreendentes, comprados no bairro da Liberdade. Um deles era recheado com pasta doce de feijão, uma criação muito doida para nós, mas que gostei e, por ser muito curiosa, acabei provando todos que foram oferecidos.
Noite de reflexões, descobertas e deliciosas surpresas!
- Trabalho em conjunto
- Neide: coordenação, texto e vídeo
- Andrea e Beth: revisão do texto
+55 11 98278 5353
@DEGUSTAÇÃO.LITERARIA
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