A Mulher Ruiva — Orhan Pamuk
É a história de Cem, um jovem que, ainda adolescente, trabalha na escavação de um poço. Um ofício antigo, manual. Nesse período, ele se envolve com uma mulher ruiva.
O livro traz os mitos de Édipo e de Rostam e Sohrab. São histórias sobre pais e filhos, sobre destino e escolhas. No último capítulo, a Mulher Ruiva assume a palavra e a história muda.
As noites no clube — nos três clubes de leitura dos quais participo — são sempre muito ricas. São experiências que vão além da leitura. A conversa amplia o livro. As participantes muitas vezes trazem interpretações diferentes, e surgem aspectos que eu não teria percebido sozinha.
Nesse romance, eu acredito na terceira parte, quando a Mulher Ruiva entra em cena e conta a sua versão. Para mim, ali está algo verdadeiro. Já a Mônica, advogada do grupo, faz uma leitura completamente diferente. Ela percebe interesse e segundas intenções tanto na mulher quanto no filho.
As coordenadoras do clube sempre propõem um jantar que combine com o livro. Como o autor é turco, a escolha foi um cardápio turco. Isso já virou uma marca do grupo: a novidade, o cuidado, esse jeito diferente de reunir as pessoas em torno da leitura.
No último encontro de 2025, tivemos também a troca de presentes de Natal, no formato Roba-Roba. Foi bonito perceber como alguns livros despertam interesse pelo tema, pelo título ou pelo nome do autor. O ato de "roubar" vinha sempre acompanhado de riso, leveza e alegria.
Feliz Natal a quem acompanha este blog. E que 2026 seja um ano de saúde, alegrias e boas conquistas.

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