FRANS KRAJCBERG: REENCONTRAR A ÁRVORE
Está no MASP uma exposição diferente que me surpreendeu pela grandiosidade, originalidade, significado das obras, e pela beleza: Frans Krajcberg: reencontrar a árvore.
Krajcberg nasceu na Polônia, em 1921, de origem judaica, e perdeu toda a família na Segunda Guerra Mundial. Sobreviveu e recomeçou a vida no Brasil em 1949, naturalizando-se brasileiro em 1957. Viveu até 2017, chegando aos 96 anos, e deixou um legado que une arte contemporânea e defesa da natureza.
Ele foi pioneiro ao transformar restos de destruição em arte. Depois de ver queimadas na Amazônia, passou a recolher troncos queimados, raízes e cipós em áreas devastadas. Com esses materiais, criou esculturas, relevos, gravuras e pinturas que carregam a marca da violência contra a floresta, mas também a beleza e a resiliência da vida.
Uma frase sua resume seu ideal: "Devemos quebrar o quadrado para reencontrar a árvore." É um convite para voltar ao essencial e repensar a relação com o planeta.
A mostra está no MASP até 19 de outubro de 2025, com mais de cinco décadas de obras organizadas em sete núcleos. Não é só arte, é um manifesto visual sobre o que estamos fazendo com a natureza.
Aproveitem a visita ao Masp, onde é possivel ver muitas exposições fantásticas, além do novo prédio ao lado do edifício antigo.
"Sou árvore, vou crescendo / Com minhas raízes no chão / E meus galhos pelo vento." — verso popular, autoria desconhecida
- Com mediação do educador @wladimirwagner,
- que trouxe novos olhares sobre a exposição.
Comentários
Postar um comentário