MUSEU - SANTA CASA DE SÃO PAULO
Recordando os anos em que tive um comércio no Complexo da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, aproveitei para visitar o Museu que conta a história das Santas Casas desde 1498 até a inauguração da 4° sede, em 1884. Essa sede permanece preservada até hoje. O acervo inclui objetos de arte doados por colaboradores e amigos. Como em muitos museus, há lugares que se tornam inesquecíveis.
O Acervo Médico, por exemplo, me fez voltar no tempo, relembrando as primeiras cirurgias até os procedimentos modernos. Lembro bem da cadeira usada na minha segunda cirurgia, para retirar as amígdalas. Sentei, usei uma máscara de anestesia, dormi e, ao acordar, comecei a tomar guaraná, que, segundo minha mãe, era cicatrizante. Até hoje, mesmo sabendo que não faz milagres, acabo recorrendo ao guaraná sempre que sinto dor de garganta.
Outra sala que me marcou foi a da Roda dos Expostos. Num dos muros da Santa Casa havia um cilindro de madeira com uma abertura. Quando um bebê era deixado ali, o cilindro girava, o sino tocava e uma irmã de caridade recolhia a criança, que se tornava responsabilidade da Irmandade daquela época.
No pedestal da roda estão livros que registram 4.696 crianças atendidas e os nomes das amas de leite que as amamentaram. Dizem que ainda há funcionários da Irmandade que, com carinho, são chamados de "filhos da Roda dos Expostos".
A frase "Em defesa da vida" representa bem o trabalho das Santas Casas, sempre dedicadas a cuidar de quem mais precisa.
Fui sozinha e fui recebida com muita gentileza por Maria Florismar Lima Sobrinho, auxiliar de museu, que me conduziu e compartilhou curiosidades sobre o acervo, tornando a experiência ainda mais enriquecedora.
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