PINACOTECA DE SÃO PAULO - EDIFÍCIO PINA CONTEMPORÂNEA
As minhas expectativas e do grupo, para conhecer o museu PINA CONTEMPORÂNEA (PINA), eram enormes, porque não dava para imaginar como um novo espaço pudesse dialogar tão estreitamente com o que já conhecíamos da nossa querida Pinacoteca do Estado (PINA LUZ).
Havia receio de uma decepção ou frustação, o que, felizmente, não se concretizou.
Foi uma visita super positiva, cheia de encantos e descobertas.
O entorno do complexo, onde se encontra a "Pina", sempre preocupou a todos, por estar próximo à Estação da Luz, no centro de São Paulo, região com roubos e crimes de oportunidade, que cresceram muito nos últimos meses.
Porém, uma boa notícia é que, nessa área, a Policia Militar realiza patrulhamento para garantir a segurança dos transeuntes, além das rondas terem sido intensificadas nos períodos de funcionamento de todo o espaço cultural.
A expansão da Pinacoteca e o fluxo de pessoas diferenciadas na área estão contribuindo para revitalização e o afastamento de indigentes, viciados em drogas, entre outros, que tanto contribuem para a vulnerabilidade da região.
Por enquanto, o estacionamento da Pinacoteca do Estado (Pina Luz), hoje pago e com segurança, é o ideal, mas também o transporte público, por meio do metrô, é uma excelente alternativa.
A comunicação entre os dois museus ocorre por um caminho arborizado, dentro do Parque da Luz.
As 32 esculturas, que estão expostas ao ar livre no Parque da Luz e entorno, fazem parte de um acervo de 11.000 obras do complexo Pinacoteca. São de uma beleza imensurável.
As esculturas são de diversos artistas renomados, entre eles, Victor Brecheret, Marcelo Nietsche e Amilcar de Castro.
Hoje, o complexo Pinacoteca, formado pela Pina Luz, a Pina Estação e a Pina Contemporânea é considerado o segundo maior museu da América Latina.
O novo espaço foi construído com a ideia de ser uma área ao ar livre, integrada, de forma ecológica, de partes internas iluminadas com luz natural. O projeto foi assinado pelo escritório Arquitetos Associados em parceria com Silvio Oksman.
Uma escultura monumental do artista pernambucano Tunga, instalada na Grande Praça, local projetado para receber peças de grandes dimensões, foi uma das que mais me agradou.
A outra obra, de que gostei muito, foi a instalação de Lygia Pape, chamada Ttéia, que utiliza fios metálicos brilhantes, localizada na "Grande Galeria". Nesse ambiente ainda se encontra uma coletiva de obras de grande dimensões, com mais 48 artista.
No terceiro espaço, a "Galeria da Praça", encontram-se as obras da artista sul-coreana Haegue Yang, integrantes da exposição "Quase Coloquial". A mostra abrange cinco grupos de trabalhos distinto, em suportes diversos, com base em pesquisa conceitual da artista sobre o Brasil.
Suas obras fazem referências a elementos diversos, especialmente objetos fabricados industrialmente com itens cotidianos, tais como, varais de roupa, venezianas com luzes, sinos dourados, colagem nas paredes, entre outros.
A artista busca libertar os objetos de sua rigidez e limitação, numa linguagem própria. Suas colagens reúne olhos, orelhas, Hello Kitty, paisagens, frutas tropicais, animais, instrumentos e máquinas, entre outros.
Suas instalações são envolventes e surpreende pela quantidade de frutos, personagens e objetos brasileiros integrados em suas colagens, apesar de ser uma artista sul-coreana.
Estamos na expectativa do projeto do complexo Pina ser concluída em breve e, assim, podermos apreciar os jardins da nova estrutura, com um corredor de obras de artes, expostas de forma permanente, e que estão armazenadas no acervo da Pina Luz.
As fotos abaixo, vão dar uma boa noção da beleza das obras em exposição e do parque, intitulado Jardim da Luz.
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